terça-feira, 21 de dezembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
BOAS FÉRIAS!
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O diário da tua ausência
Vem com a última flor.
Se estranharem a minha ausência é porque estou demasiado ocupada a viver!
domingo, 4 de julho de 2010
O diário da tua ausência
sábado, 3 de julho de 2010
O diário da tua ausência
sexta-feira, 2 de julho de 2010
O diário da tua ausência
E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo,
As mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem
Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração
Daniel Faria
quinta-feira, 1 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
O diário da tua ausência
Era uma gata aparentemente como outra qualquer. Quatro patas, um rabo, umas orelhas sempre atentas e que miava, miava muito. Era toda preta, toda não, tinha uma mancha branca na barriga. Era gorda e pesada, embora fosse ainda muito jovem. A verdade é que teve de ser operada, pois quando lhe deu o primeiro cio miava sem cessar a ponto dos vizinhos chamarem a polícia. Talvez por isso estivesse assim gorda. Também sabia fazer Adho Mukha.
Mas tudo isto é normal num gato. Especialmente de apartamento.
A diferença é que falava.
Começava bem cedo, aí pelas 5 da manhã a pedir para lhe abrirem a porta e darem atenção que já era hora de acordar. Depois queria brincar e pedia trazendo o patinho feio para a beira dos donos, insinuando-se para que o atirassem. Quando queria ir à varanda da sala comer erva pedia que lhe abrissem a porta Quando os donos se preparavam para sair dirigia-se à porta da entrada e pedia para ir com eles, fosse ao cinema ou simplesmente para levar o lixo.Tudo isto ela sabia fazer e muito mais. Quando o brinquedo ia para debaixo do sofá pedia que o tirassem. Também pedia para ir para o armário roupeiro do quarto. Quando os donos chegavam a casa pedia muitos mimos e quando voltavam de férias ralhava por a termos deixado. Quando estava aflita para ir à casa de banho pedia por favor para lhe porem areia com urgência. Não chegava ao ponto da gata da mãe de um amigo meu, que por os ver a usar a sanita, também passou a usá-la. Um dia ele viu a gata sentada a fazer xixi. A Rosa não chegava a esse ponto, mas se a ensinássemos certamente o faria.
O que ela tinha era muita pressa em ser humana. Um dia disse-me, olhando-me com aqueles olhos abertos como faróis: sabes, estou a aprender com vocês porque muito em breve irei ser pessoa. Espero nessa altura nascer com menos pêlos! Eu acrescentei: espero também que nasças menos autoritária, porque se nós deixássemos, eras tu que mandavas cá em casa.
Penso que num futuro é inevitável, a Rosa será pessoa e nem será uma má pessoa, será meiga e terá muita vontade de aprender. Uma coisa é certa, irá falar pelos cotovelos!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
O diário da tua ausência
como GOSTARIA DE ACORDAR UM DIA
assim como quem abre os olhos e vê o essencial e não se deixa apanhar em armadilhas
e rende-se totalmente
e acaba com a miséria na sua vida
O diário da tua ausência
domingo, 27 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
O diário da tua ausência
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
O diário da tua ausência
É como quando pões o dedo na ferida, mas não é tanto.
É como se fosses intangível, inatingível.
É como se fosses uma cara de Deus e para a ver é preciso ser-se muito pura.
Quando voltares irei ver na tua cara a minha alegria.
É preciso saber esperar.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O diário da tua ausência
terça-feira, 22 de junho de 2010
O diário da tua ausência
Um velho índio estava a falar com o seu neto e contava-lhe:
"Sinto-me como se tivesse dois lobos lutando no meu coração.
Um é um lobo irritado,
violento e vingativo.
O outro está cheio de amor e compaixão."
O neto perguntou:
"Avô, diga-me, qual
dos dois ganhará a luta no seu coração?"
segunda-feira, 21 de junho de 2010
O diário da tua ausência
domingo, 20 de junho de 2010
O diário da tua ausência
J'aime quand tu est lá
J'aime quand tu est loin
Je ne m'inquiete pas
Toujours tu me revien
J'aime quand tu t'en va
J'aime quand tu reste.
sábado, 19 de junho de 2010
O diário da tua ausência
O diário da tua ausência
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O diário da tua ausência
quarta-feira, 16 de junho de 2010
O diário da tua ausência
terça-feira, 15 de junho de 2010
O diário da tua ausência
Vuvuzelas até na escola. Não há quem aguente
Dia de trabalho. Grande. Muito grande
Sono. Muito. Muito
Saudades. Apertam
Os gatos. Uma grande alegria
Há dias como o de hoje que não ficam para a história e que o que mais pedem é para acabar com a cabeça na almofada.
Inspiração. Nenhuma.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O diário da tua ausência
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Ave Maria
Ave Maria! Jungfrau mild,Ave Maria, Doce Virgem,
Erhöre einer Jungfrau Flehen,
atende o rogo de uma donzela que te implora;
Aus diesem Felsen starr und wild
desta rocha abrupta e selvagem
Soll mein Gebet zu dir hin wehen.
minha oração eleva-se para ti.
Wir schlafen sicher bis zum Morgen,
Faz com que possamos dormir seguros até a aurora,
Ob Menschen noch so grausam sind.
apesar da crueldade dos homens.
O Jungfrau, sieh der Jungfrau Sorgen,
Ó, Virgem, olha as penas desta donzela,
O Mutter, hör ein bittend Kind!
ó mãe, escuta esta jovem suplicante!
Ave Maria!
Ave Maria!
Ave Maria! Unbeflekt!
Ave Maria! Virgem imaculada!
Wenn wir auf diesen Fels hinsinken
Quando nesta rocha devamos adormecer
Zum Schlaf, und uns dein Schutz bedeckt,
e nos cubra teu manto protetor,
Wir weich der harte Fels uns dünken.
parecer-nos-á suave a sua dureza.
Du lächelst, Rosendüfte wehen
Quando sorris, aromas de rosas
In dieser dumpfen Felsenkluft.
perfumam esta áspera paragem.
O Mutter, höre Kindes Flehen,
Ó mãe, escuta a súplica desta jovem!
O Jungfrau, eine Jungfrau ruft!
Ó Virgem, uma donzela te implora!
Ave Maria!
Ave Maria!
Ave Maria! Reine Magd!
Ave Maria, Virgem pura!
Der Erde und der Luft Dämonem,
Os demônios da terra e do ar
Von deines Auges Huld verjagt,
presos pela nobreza do teu olhar,
Sie können hier nicht bei uns wohnen.
não podem alojar-se junto a nós.
Wir wolln uns still dem Schicksal beugen,
Nós curvamo-nos docilmente ao destino
Da uns dein heilger Trost anweht;
já que tu nos envias teu santo consolo.
Der Jungfrau wolle hold dich neigen,
Escuta, Virgem, a humilde oração
Dem Kind, das für den Vater fleht!
desta donzela que te implora por um pai!
Ave Maria!
Ave Maria!
sábado, 29 de maio de 2010
Homenagem a Ademar Santos
aprendi a usar o hífen e que o verbo haver não dá para muitos
e o significado de uma pessoa íntegra
mostraste-me Manoel de Barros e muitos outros
aprendi a amar-te e a admirar-te
Nesta altura já Rubem Alves plantou uma árvore com o teu nome
ficarás plantado no meu coração, querido amigo.
domingo, 23 de maio de 2010
Borboleta azul
domingo, 9 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Para o meu príncipe que me faz cada dia viver um conto de fadas
Tu es comme la neige, lumineux
Tu es comme l'herbe, frais
Tu es comme les arbres, pour embrasser
Tu es comme le vent, silencieux
Tu es comme un fleuve, sauvage
Tu es comme les oiseaux, libre
Tu es comme les bras, ouvert
Tu es comme le mot, amour
Tu es l'amour.
sábado, 24 de abril de 2010
sábado, 27 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
A cobra e o pirilampo
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Um girassol nasceu
no deserto de papel.
Era um girassol
como é um girassol.
Endireitou o caule,
sacudiu as pétalas
e perfumou o ar.
Voltou a cabeça
À procura do sol
e deixou cair dois grãos de pólen sobre a mesa.
Depois cresceu até ficar
com a ponta de uma pétala
fora da natureza.
Álvaro Magalhães
O Limpa-palavras e outros poemas.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Ver claro
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si
e o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
Eugénio de Andrade
sábado, 23 de janeiro de 2010
a vida
a flutuar e a esperança renovada pelo ar fresco de cada manhã que enche as narinas e o coração que toma todos os espaços. só coração e olhos para te ver, boca para te sentir, ouvidos para te ouvir cantar e braços para te abraçar e ventre para que possa continuar a flutuar nesta alegria da vida a nascer.