terça-feira, 30 de junho de 2009

Recomendo

Os nossos «maus alunos» (alunos considerados sem futuro) nunca vão sozinhos para a escola. O que entra na sala de aula é uma cebola: algumas camadas de tristeza, de medo, de inquietação, de rancor, de raiva, de desejos insatisfeitos, de renúncias furiosas, acumuladas sobre um fundo de passado humilhante, de presente ameaçador, de futuro condenado. Reparem, vejam-nos chegar, o corpo em transformação e a família dentro da mochila. A aula só poderá começar realmente depois de pousarem o fardo no chão e descascarem a cebola.

Basta um professor-um único!- para nos salvar e nos levar a esquecer todos os outros.

É verdade, entre nós, é malvisto falar de amor em matéria de ensino.

Daniel Pennac, Mágoas da Escola

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tudo está sempre bem

a culpa, sempre ouvimos falar nela, desde pequenos. acho que também todos a sentimos. agora des-sentir, não estamos programados. a verdade é que é coisa que não existe. não apenas porque me disseram, mas porque o sinto.
na minha vida segue uma limpeza, na cave, no sótão e em cada frincha da casa, aquelas mesmo onde nem uma barata cabe. e a culpa envergonhada está-se indo embora. culpas de nadas. culpas sem sentido. como todas. culpas que nem sabemos existir.
muitos amigos nesta caminhada.
Bem-vindos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

watch out

a morte de Michael Jackson faz-me sentir mais velha.
quanto dancei esta música ao som do gira-discos de umas amigas! Thriller!
http://www.youtube.com/watch?v=hOj5H5W9zYo

apetece sair já para comprar

Rodrigo Leão tem novo álbum, A Mãe, com a participação de músicos que eu adoro como Neil Hannon, dos Divine Comedy que dá voz a «Cathy» e Stuart A. Staples, dos Tindersticks, que surge em «This Light Holds So Many Colours», quero comprar!

Ofício Cantante

tinha lido os passos em volta e foi o que mais me surpreendeu este ano. contos que agora sou incapaz de dizer, mas que vivi.
ontem comprei o ofício cantante, muito sangue e carne e escuridão.
será possivel poesia com luz e bondade e felicidade e amor? !estoy segura qué sí, se puede, viviendo!

estende a tua mão contra a minha boca e respira,
e sente como respiro contra ela,
e sem que eu nada diga,
sente a trémula, tocada coluna de ar
a sorvo e sopro,
ó
táctil, ininterrupta,
e a tua mão sinta contra mim
quanto aumenta o mundo

herberto helder

sábado, 20 de junho de 2009

sou uma parasita

algumas meninas de lágrimas nos olhos: "vamos ficar noventa dias sem a ver!"
que tenham umas boas férias e que façam o favor de serem felizes.
e eu, parasita, como irei aguentar noventa dias sem os seus abraços e sorrisos?!
Love you all!

A prova que faltava2

a ideia veio de uma amiga liiiiiiiiiiiinda!
"gostas de pôr aqueles pais natais pendurados nas varandas a subir escadas?"
se sim, arrrrrggg, abre para longe!

muito inspirador



Concurso no Hirshorn Modern Art Gallery

A regra era simples, cada artista apenas podia usar uma única folha de papel...

governo

GOVERNO - Meio Bicho e Fogo from 8 e Meio on Vimeo.


recebi do Valter Hugo Mãe e uau, que talentoso, adorei a voz, parabéns Valter!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Everyday is like sunday when you love everyone everybody everything



Everyday is like Sunday
Everyday is silent and grey
When you're on your own

domingo, 14 de junho de 2009

Uma peça musical

como quando duas pétalas se tocam e se sentem da mesma flor.
A minha querida mãe na sua eterna bondade:
"Até é pecado, dar o nome de gente aos gatos!"

Pecado é não cuidar bem dos bichos, esse é um grande pecado.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

daquelas casas que há sempre gente em casa
que abres a porta sem bater
tem sempre panela ao lume
e sempre mais um prato para botar na mesa
um sorriso à espera
ter cães e gatos que não é problema com as férias
há sempre gente em casa
flores no jardim
frutos para colher
couves para o caldo
um avental usado
um sorriso com tempo
muito tempo
eu quero a minha casa assim

quarta-feira, 10 de junho de 2009

He answered me on facebook I want get out, AMAZING GRACE

Cuentame un cuento Conta-me um conto 5

Este é o começo de uma aventura que não sabemos onde irá acabar. Para já vai apenas começar. Espontaneamente irá saindo e crescendo. Sem rascunho. Espero divertir e divertir-me com este improviso.
Isto escrevi eu em Julho de 2008 e a partir daí fui aceitando o meu próprio desafio, mas não foi por muito tempo! Agora apetece-me, apetece-me passar os dias inteiros a escrever,não quero fazer mais nada, nem comer nem dormir nem amar, só escrever, é para o que dá a melancolia, ao menos isso.
O gigante visto de perto mais parecia um dos sete anões. Quando somos muito bons no que fazemos e isso nos está a dar imenso prazer ao partilhar, preenchemos todo o espaço, deixa de haver nós e os outros. Tinha sentido isso. Agora ao pé de mim parecia um ser normalíssimo. Excuse me, pareceu-me ouvir. Pedia uma cadeira para se sentar. Vi que deitava os olhos ao livro. Acenei um, à vontade, e sorri.
Sim, estava a ficar com vontade de me ir embora. Os meus amigos também acharam boa ideia. Tinha vindo a pé, por isso ainda me restava um longo caminho até casa, gostoso com aquela noite morna. Trocámos grandes abraços e promessas de nos vermos em breve. Adeus, adeus.
Pelo caminho tive a curiosa sensação de estar a ser seguida, não como se fosse por uma outra pessoa, mas por mim própria. Pensei no Peter Pan, se calhar estava a ter dificuldades em domar a minha própria sombra, ainda mais à luz dos candeeiros da rua! Uaaaaaa, que sono. Nesse momento lembrei-me que não tinha colocado o livro na prateleira. Não importa, pensei, foi chato, mas alguém o fará por mim. Olhei o anjo de frente à Brasileira, pobre, pensei, cheio de teias de aranha, pelo menos é útil à aranha.
Eu gosto muito deste anjo, é do Alberto. Que será feito dele, já não o vejo há imenso tempo. Será que de tempos a tempos passa a ver a sua criação. Como tudo está a envelhecer.

God is in the house, oh, i wish he would come out

Danço de encontro a mim
por não saber onde estás
Descansa.
É seguro ser quem és.
De olhar apagado
dou mais uma volta de encontro a mim

terça-feira, 9 de junho de 2009

Passam 10 anos da morte de Daniel Faria

Houvesse um sinal a conduzir-nos
E unicamente ao movimento de crescer nos guiasse. Termos da árvores
A incomparável paciência de procurar o alto
A verde bondade de permanecer
E orientar os pássaros
Daniel Faria

Hope

Don't punish me
For wanting your love inside of me

And I find Hitler in my heart
From the corpses flowers grow

Antony

segunda-feira, 8 de junho de 2009

My heart failed

he thought he could swim
he sank
an eagle save him
took him to the highest mountain
he thought he could fly
he failed
there’ll be no tomorrow.

sábado, 6 de junho de 2009

One dove


One dove
You’re the one I’ve been waiting for
Through the dark fall
The nightmares the lonely nights

I was born
A curling fox in a hole
Hiding from danger
Scared to be alone

One dove
To bring me some peace
In starlight you came from the other side
To offer me mercy

One dove
I’m the one you’ve been waiting for
From your skin I am born again
I wasn’t born yesterday

You were old and hurt
I was longing to be free
I see things you were too tired
That you were too scared to see

One dove
To bring me some peace
In starlight you came from the other side
To offer me mercy
One dove

One dove
You’re the one I’ve been waiting for
Through the dark fall
The nightmares the lonely nights

I was born
A curling fox in a hole
Hiding from danger
Scared to be alone

One dove
To bring me some peace
In starlight you came from the other side
To offer me mercy

One dove
I’m the one you’ve been waiting for
From your skin I am born again
I wasn’t born yesterday

You were old and hurt
I was longing to be free
I see things you were too tired
That you were too scared to see

One dove
To bring me some peace
In starlight you came from the other side
To offer me mercy
Vai alta no céu a lua da Primavera
Penso em ti e dentro de mim estou completo.

Corre pelos vagos campos até mim uma brisa ligeira.
Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.

Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelo campo,
Eu andarei contigo pelos campos ver-te colher flores.
Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos,
Pois quando vieres amanhã e andares comigo no campo a colher flores,
Isso será uma alegria e uma verdade para mim.

O Guardador de Rebanhos, Alberto Caeiro

Murmuro as letras de a a z para ter a certeza que nelas incluo o teu nome.
Eu já te vejo a colher flores comigo pelos campos, mas por agora estás de costas e não consigo ver o teu rosto. Juntos subiremos às árvores e não gravarás no tronco um coração com os nossos nomes que é para não as ferires. Ao invés gravarás no meu coração um coração com o teu nome, mas ao de leve que é para não me magoar e depois soprarás que é para limpar o que sobrou e daí nascerá outro coração mais pequeno.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Afinal sou o Francisco!



A Amélia deixou de me chamar Margarida, agora chama-me Francisco, hi! hi! hi!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Os contos fazem disto 6

A propósito de estranhões e bizarrocos, havia que iventar coisas que não servem para nada, mas que são muito importantes.
"Queria inventar um apagador que apagasse a solidão das meninas."
menina de 9 anos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Grandes amigas!



Hoje já somos grandes amigas! Que alegria vai cá em casa! A Rosa Branca lambe-me toda, parece a minha mamã!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Superado el Máster!!!!!!

Hoje recebi esta mensagem do meu orientador:

"ES UN TRABAJO EXCELENTE. ¡Felicidades!
Tiene superado el Máster.
Un cordial saludo
Pedro Cerrillo"

UAU, QUE ALEGRIA!!!!!

A Margarida

Olá, chamo-me Margarida e cheguei hoje a casa da Amélia. Nesta foto sou eu depois de ter tomado um banhinho, estava muito pulgenta e esfomeada! A Rosa Branca ainda me bufa muito, quer que eu saiba que foi a primeira a chegar, mas eu sei que vamos ser muito amigas!


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fácil de entender

Hoje um menino contava-me: "Ó stora, já percebi como é que o universo nos devolve as coisas, eu antes deitava as chicletes para o chão, outro dia sentei-me num assento e quando me ia a levantar tinha uma chiclete colada no rabo!"
Afinal é tão fácil de entender!