segunda-feira, 30 de junho de 2008

Como um romance

O verbo ler não suporta o imperativo. Tal como o verbo amar, sonhar. Não se pode exigir que se ame, como não se pode obrigar a que se leia. Assim começa o autor este “romance”.
“É preciso ler”.
Este livro ajuda-nos a ver que o prazer de ler não está muito longe, que é fácil de encontrar, pode apenas estar escondido.
“É preciso ler”.
Ensina-nos a perceber que caminhos podemostomar para o encontrar. E parece tão simples.
“É preciso ler”.
Como a historinha que é lida todas as noites, sem se exigir nada em troca, como se de um presente se tratasse.
“É preciso ler”.
Criar o desejo de aprender sem esperar contrapartidas, sem nos apressarmos em obter resultados. E parece tão simples.
“É preciso ler”.
Neste pequeno livro que se lê como um romance, o dogma: “É preciso ler! É preciso ler!”, é transformado em: “É preciso dar-lhes o desejo de ler!”.
“É preciso dar-lhes o desejo de ler!”.
Dirigido a todos os que querem ser bons pedagogos, sem grande preocupação com pedagogia nenhuma. Aos profetas da desgraça, que culpam a televisão e os jogos electrónicos, este livro não dá a mínima importância.
“É preciso dar-lhes o desejo de ler!”.
O autor termina com os 10 direitos do leitor, direitos de que nos valemos a nós próprios e que são válidos também para os nossos filhos, os nossos alunos, os nossos jovens. Vai ficar surpreendido.
1- O direito de não ler – muitos não lêem porque disso não sentem necessidade, sem que por isso se tornem menos “humanos”.
2- O direito de saltar páginas – porque nos apetece, pelas razões que são só nossas.
3- O direito de não acabar um livro – pôr o livro de lado para um dia voltar a ele ou não.
4- O direito de reler – a alegria de saborear as mesmas palavras com novas descobertas.
5- O direito de ler não importa o quê - bons e maus romances, ao gosto de cada um.
6- O direito de amar os “heróis” dos romances - deixemo-nos levar pelas emoções!
7- O direito de ler não importa onde - sim, mesmo nas latrinas.
8- O direito de saltar de livro em livro - abrir os livros e debicar aqui e ali.
9- O direito de ler em voz alta - dar vida aos livros, colocar as palavras na boca antes de as meter na cabeça.
10- O direito de não falar do que se leu - aqui exerço este meu direito e mais não digo.

PENNAC, Daniel (2002): Como um romance. Porto: Asa Editores.

Discurso!

Discurso do Ministro Brasileiro da Educação nos EUA...
Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um brasileiro dá um 'baile' educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade dos Estados Unidos o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência em alguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta de Cristovam Buarque:
'De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar que esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!'
ESTE DISCURSO NÃO FOI PUBLICADO. AJUDE-NOS A DIVULGÁ-LO porque é muito importante ... e porque foi CENSURADO!

terça-feira, 24 de junho de 2008

O velho e o mar

Acabadinho de reler. Ummm... que boa maneira de aproveitar o feriado.



As atrocidades

God visits all lost soulsTo survey the damageWe noticed a bonfireBurning in his eyesHe whispered'It's the atrocities of your storyOf your story'God visits all lost soulsTo survey the damageAnd holding his bleeding heartA tear comes to his eyeHe whisperedIt's the atrocities of yourHistoryOfyour HistoryOfThenhefallstothe floorForthere's many more tears on the sunriseAnd now we must eat those tearsNow we must eat our fillOf the AtrocitiesThe AtrocitiesThe AtrocitiesThe Atrocities .
Antony and the johnsons

Veja o filme, se tiver coragem, é muito duro e assine a petição.
São as atrocidades as atrocidades
http://www.petatv.com/tvpopup/video.asp?video=fur_farm&Player=wm&speed=med

sábado, 21 de junho de 2008

Querido pai

Chegaste bem queimadinho de sol e de saudade. no mesmo avião chegaram as estrelas da selecção. tu és a minha estrela. à sua espera tinham dezenas de pessoas. tu tinhas-me a mim e demais família. bateram-lhes muitas palmas e eu dei-te muito beijinhos e abraços. quero-te muito bem. obrigada por teres feito de mim a pessoa que sou hoje. obrigada por cada dia em que acordo abro os olhos e vivo.

BOAS FÉRIAS MEUS AMORES

Último dia marcado por dezenas de abraços apertados, bem bem apertadinhos e beijinhos de tirar o fôlego! Obrigada por tanto carinho. Amo-vos muito a todos. Sois a minha luz.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

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a alegria de passar os dias inteirinhos a brincar!

já decidi. no próximo ano lectivo começa o primeiro passo para a mudança definitiva. olha só como é bom viajar nas bolinhas de sabão.
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a princesinha

afinal não resistiu, mas prolongou por algum tempo a alegria de viver. obrigada a todos os amigos.
talvez adopte a querida mãe que a acolheu com tanto carinho. chama-se kinder e é very kind.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

vai ficar bem

parece que vai ficar bem. foi adoptada por uma linda mãe. como todas as mães. ganhou quatro irmãos. um pretinho e três branquinhas. a minha princesa é tigrada como um lince. vai ficar bem. um destes dias revelo-a. obrigada a todos os amigos.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

força de viver

hoje encontrei uma princesa, melhor, encontrei-a ontem. hoje reencontrei-a. toda melada ainda com o cordão umbilical e a placenta como uma pasta de sangue. cantava como uma águia a chamar pela mãe. eu vi-a. é uma menina, disse-me hoje o Paulinho. e quer muito viver. eu vou cuidar de ti princesa, até já falei de ti aos meus meninos. todas as nossas energias irão ajudar-te. vais ficar bem. até logo.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

não sei bem

não sei bem o que escrever, mas hoje apeteceu-me e sem rascunho. é para dizer que estou muito feliz, todos os dias partilho os meus minutos com pessoas muito especiais, todos os dias recebo muitos abraços e beijinhos e sorrisos, estou a ficar com muitas rugas nos cantos da boca. só para dizer que te amo. a ninguém em especial, mas todos quantos se cruzam no meu caminho. amo todos vocês.