terça-feira, 28 de abril de 2009

O que eu não contei nunca

Numa tarde quente de Abril, faz agora um ano, lembro-me que cheguei da escola felicíssima de contar histórias. Vivia ainda em casa da Cláudia, mas não me apetecia ir para casa. Estava um dia tão lindo, estava tanto calor. Estacionei onde era a Bracalândia e decidi ir a pé até ao Bom Jesus. Já a metade do caminho, numa zona em que a estrada é bem a pique vinha um rapaz montado numa bicicleta a uma enorme velocidade. De repente abre os braços e um enorme sorriso e assim segue a grande velocidade sem mãos, de peito aberto a gozar o vento. Eu ao vê-lo, tive uma resposta automática, abri os braços e um enorme sorriso e senti o enorme prazer que era dele e meu. Aquele momento aqueceu-me mais o peito e segui quase me esquecendo do que tinha acontecido.
À noite enquanto meditava lembrei-me que pela manhã tinha pedido um sinal de que o meu princípe existia. (desculpem mas há dias assim!). (Eras tu? )
Não é que tivesse pensado muito nisso neste último ano, mas de vez em quando, confesso, pensava se o iria encontrar.
Estive até ontem para perceber que o rapaz que nesse dia cortava o vento poderia não ser o meu princípe, talvez apenas me estivesse a dizer, abre o peito! abre o peito! Desde aí está bem aberto até porque se estragou o fecho faz tempo e não o mandarei consertar nunca. (Eras tu?)

2 comentários:

Pedro Dias disse...

sabes, tenho varias vezes momentos desses. Mas é quando ando a deambular com perguntas e, de repente aparece uma música no iPod com a resposta!
Divinal!

Amélie disse...

pisca o olho!