segunda-feira, 27 de abril de 2009

Modo paixão

é, é verdade, vivemos muito neste modo. quando damos conta já está. um olhar um toque de pele, ou nem isso, a cabeça que não tem juízo e inflama. depois, somos todos bons realizadores, principalmente de romances, de encontros casuais, oh, não esperava ver-te por aqui, quando já montada tínhamos uma cilada. não, mas tu não és assim, eu não sou assim, mas todas entendemos do que falo. as mulheres. nós, maravilhosas. tão maternais que nos vai levar ao inferno.

não sei se de sal
se de luar
só sei que quando abri os olhos
a tua luz me cegou
era
verde
e o teu perfume neutro
e a tua água clara e forte
e o teu sorriso
não vi
as tuas mãos sim
lambiam todos os rostos
num gesto circular
de quem de mãos vazias
tem tudo para dar
falavas sem mover os lábios
só os olhos
como para acreditarmos
que eras tu quem falava
mas esses, coisa estranha
só se mexiam por fora
como se por dentro estivessem
mortos ou baços ou
cansados de dar sem receber.
Descansa
o teu destino está traçado
serás um rei
logo que comeces a sorrir.


Espero que gostes de Antony, que no dia do concerto (está para breve!) te sentes ao meu lado, como por um acaso que não é acaso e já saberemos o que mais, por agora já se me trava a língua pelo atrevimento. Mas acho que ainda não és, porque estás(mos) num plano muito mental, talvez devesse alterar o título, modo mental. Ficaria melhor.

1 comentário:

Déia disse...

LINDOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!11