GERÊS
Quando me levantei
já as minhas sandálias andavam
a passear lá fora na relva
Esta noite
até os atacadores dos sapatos
floriram
DIÓSPIROS
Há frutos que é preciso
acariciar
com os dedos com
a língua
e só depois
muito depois
se deixam morder
(in "O Poeta Nu", Jorge Sousa Braga)
4 comentários:
Gerês
caminhos calcados por muitos
a que o silêncio regressa
como se nunca tivesse sido cortado
terra de cores
carícia de ventos
planados por águias
música de águas
tojo, giesta, tomilho e lírio
feto, urze,
pedras que falam
árvores que respiram
pinheiro
cipreste
vidoeiro
carvalho
salgueiro
azevinho
eco de gritos com asas
soltas, voadas, contentes
por não ver paredes
entre elas e o nada
simone
Obrigada linda! jà tinha visto no teu blog e gostei muito! Quem é a simone?
é a rede azul quando está apaixonada))
Para dizer que estou com saudades.
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